Carta aberta Resposta da Psicóloga Marisa Lobo ao deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ)
Na última
audiência do dia 27/11, na Câmara Federal em Brasília, na comissão de
seguridade social, onde estava presente como psicóloga juntamente com o
meu colega psicólogo e pastor Silas Malafaia, discutindo o projeto do
deputado João Campos apelidado maldosamente pela militância gay de “Cura
Gay”, fomos citados pelo então pelo deputado que causou frisson na
audiência dando seu “show particular”. Este cidadão, que hoje é
deputado, nos tratou de forma intolerante e preconceituosa, chamando
inclusive nosso povo presente de “ESSA GENTE”, mostrando claramente em
sua fala e em sua linguagem não verbal o quanto nos despreza.
Na ocasião,
debaixo de caretas, falas alteradas e estrelismo, o deputado Jean Wyllys
na tentativa de desconstrução, tentou ridicularizar minha imagem e do
pastor Silas, se valendo dos seus minutos de palavra (que deveria ser
usado pra discutiu o assunto proposto, mas como já é de sua
característica, usa para disseminar preconceito) de forma lamentável,
mostrou mais uma vez sua infantilidade parlamentar e intolerância,
destilando seu veneno ardiloso pontuando de forma “cínica” e
oportunista, que meu currículo profissional e do pr. Silas Malafaia não
consta na plataforma Lattes, induzindo a sociedade ao erro de acreditar
que estar nesta plataforma, que é apenas para ferramenta de divulgação
de curriculum, seja prerrogativa para qualquer produção científica e ou
capacitação profissional.
Esclareço que
sim, para quem deseja, é interessante divulgar seu currículo nesta
plataforma mas, jamais obrigatória. Ela é usada como uma ferramenta
válida de divulgação, porém temos muitos profissionais que não gostam de
expor sua vida nesta ferramenta como o pastor Silas que, cá entre nós, o
que menos precisa é expor sua qualificação, pois seu sucesso
profissional e sua liderança mundial falam por si.
Segue minha resposta ao então deputado ex BBB de 13016 votos (sortudo):
1. O senhor
mais uma vez provou sua ignorância e arrogância e demonstrou sua
perseguição, pois falou cheio de razão que meu currículo e do psicólogo
Silas Malafaia não estão nesta ferramenta de divulgação de currículos,
como se fosse condição alguma para qualificar um profissional.
Perseguição, nobre deputado? Ou sua especialidade é induzir a população
ao erro?
2. Com todo
respeito aos profissionais de letras, somente a título de
esclarecimentos eu, Marisa Lobo, não precisei ser professora de letras,
como o senhor, para ser escritora. Tenho 3 livros publicados por grandes
editoras (arte editorial, e editora fôlego), e mais 7 produções
independentes, 4 em andamento, DVDs, além de diversos artigos publicados
em revistas e jornais de sites de expressão. Não precisei fazer
mestrado para ser escritora… Pago redator, mas fiz habilitação para
magistério superior, pois constantemente sou convidada a dar palestras
em cursos de prevenção às drogas, um cuidado apenas profissional.
3. Com todo
respeito aos profissionais de jornalismo, deputado, também não precisei
estudar jornalismo (uma faculdade infelizmente ainda não reconhecida)
para ser repórter, produtora e apresentadora de TV. Para seu
conhecimento, tive programa de TV sobre turismo por sete anos na rede
Record (RIC TV no Paraná), na TV Cidadão, e fui repórter social de um
programa na CNT, além de ser colunista e articulista de jornais e sites.
Enfim, o que gostaria que o senhor ilustre deputado, sortudo de 13.016
votos, prestasse atenção é neste esclarecimento abaixo.
4. Ilustríssimo
deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), o fato de gostarmos de sexo eu de sexo
“natural” de acordo com minha biologia, minha identidade sexual
(hétero), e o senhor de gostar de sexo anal (homo) de acordo com sua
orientação sexual, não nos dá respaldo científico para falarmos de
sexualidade em uma audiência, já que gosto pessoal é subjetivo. Sendo
assim, incorremos no risco de não sermos imparciais, e apenas estarmos
pautados em nossa militância e induzir ao erro.
5. Porém, o
fato de ser que vos fala, que o senhor tentou de forma covarde
descaracterizar, bacharel em psicologia, com título de psicóloga,
especialista em saúde mental e com vários cursos de extensão em
sexualidade do adolescente, infantil, psicologia da sexualidade, drogas,
transtornos, com experiência inclusive internacional na área, como por
exemplo, no Mount Sinai medical Center (em Nova York –U.S. A) no setor
settlement health & medical services, onde conheci e aprendi acerca
da prevenção e enfrentamento as DSTS e AIDS, me dá respaldo sim senhor
para estar presente em qualquer audiência sobre o tema.
6. O que me
respalda também e gostaria de esclarecer ao ilustre deputado (BBB), é
que tenho outras experiências na área que talvez possa lhe interessar
como, por exemplo, meu trabalho como coordenadora de um serviço pioneiro
no Paraná de prevenção e informação SEI-Drogas/DSTs/AIDS na cidade de
Araucária/PR por cerca de dois anos, que pelo pioneirismo e sucesso do
meu trabalho fui convidada a ser palestrante no primeiro congresso de
sexualidade humana do Estado do Paraná. Além de ter sido pioneira,
senhor deputado, em campanhas de prevenção à AIDS que envolviam show e
artes, bem como visitas à casa de prostituição, com palestras e
distribuição de camisinhas. Inclusive, no primeiro show que organizei e
idealizei no Paraná, homenageamos o cantor Cazuza que faleceu vítima do
Vírus da AIDS, convidando sua mãe Lucinha Araújo para receber esta que
foi uma das primeiras homenagens a seu filho vitimado pela AIDS.
7. Como pode
observar já estou na luta contra a discriminação, pela prevenção, e
enfrentamentos às drogas e AIDS, não de forma militante e sim
profissional. Há muitos anos, desde 1995 até nos dias de hoje, nunca me
promovi com estas questões por se tratar de sofrimento alheio.
8. Mas o que
mais interessa em toda minha experiência na área da sexualidade é
exatamente minha experiência profissional de prática em consultório e
grupos terapêuticos por mais de mais de 15 anos, com pacientes com as
mais variadas co-morbidades e transtornos psíquicos, inclusive com sua
orientação sexual. (1996 a 2012)
Como pode
observar e confirmar, senhor deputado (de 13016 votos), com apenas uma
parte pequena de minha experiência profissional afirmo ao senhor que
sim, tenho capacitação, capacidade, competência e experiência para estar
em qualquer audiência pública, discutindo sobre esse e qualquer assunto
da minha área, que é muito mais ampla.
Agora vamos ser
francos com toda a “encheção” de linguiça de seu Curriculum Lattes,
ainda não consegui entender, academicamente falando, já que a questiona
tanto, o que o senhor estava fazendo na audiência publica sobre
resolução do CFP. Pois o seu respaldo científico na área é completamente
NULO, ZERO. Como profissional não entendo, o que uma pessoa formada em
letras (um curso louvável) tem haver com psicologia mesmo? E ousa
criticar profissionais sem base teórica e ou científica alguma na área
de psicologia. O senhor não acha no mínimo antiético? De péssimo tom,
criticar o que não conhece? Isso prova como sua carreira política está
pautada em uma série de ataques falaciosos, visando claramente difamar e
não permitir contraditório. Me parece falta de tolerância e frustração.
Ou é prazer de ofender quem não defende suas ideias? Preconceito e
intolerância? Me parece arrogância e falta de educação.
O que mais me
incomoda em tudo isso é ser desrespeitada por um deputado, que levou a
sorte de com apenas 13.016 mil votos assumir uma cadeira de deputado,
estar em uma audiência usando de imunidade parlamentar para tentar
desconstruir a credibilidade de profissionais, como tentou fazer
conosco, como tem feito de forma irresponsável. O senhor deveria ser
processado, não tem limites, freio, censura; noção de ridículo, para ser
mais exata. E assumo, minha tolerância nestes casos é zero.
Um alerta faço
ao senhor, digníssimo deputado, vossa excelência deveria ter vergonha de
incitar ódio e promover guerra e preconceito contra outras religiões
como faz claramente com cristãos evangélicos e católicos. Fui procurar
saber de onde vem este ódio que o senhor destila contra nós, e entendi
que o senhor é apenas um proselitista religioso que defende sua
religião, o candomblé (nada contra conheço pessoas boas e éticas que
praticam candomblé, também). Mas me pergunto como um deputado que tem um
discurso de liberdade religiosa pode promover uma vergonhosa
perseguição religiosa. Cadê a liberdade religiosa e direitos humanos
deputado? Liberdade de expressão?
Com todo
respeito vou te ensinar algo que aprendi com a nossa presidenta Dilma
Rousseff: “Direitos Humanos não podem ser usados como bandeira
ideológica das minorias contra as maiorias” Direitos humanos, digníssimo
deputado, é para todos.
Outra lição que
quero lhe ensinar é a gratidão. Não podemos “cuspir no prato que
comemos”, coloque no seu currículo Lattes, na parte artística pelo
menos, sua passagem pelo BBB. Pois foi lá que o senhor ficou conhecido, e
é o que se tornou. Temos que ser agradecidos a quem nos estendeu a mão.
Quero dizer ao
senhor deputado que vou seguir sua orientação, e assim que tiver tempo
colocarei sim meu currículo na plataforma Lattes. Entendi que é
importante para me defender de pessoas como o senhor, que a usa com
instrumento para tentar desconstruir um profissional como arma de
defesa. Mas te peço, com todo respeito, tenha um pouquinho de “semancol”
e perceba que o senhor é um zero à esquerda na área. Impossível que seu
oportunismo tenha lhe cegado. Ciência do comportamento, deputado, é
coisa séria. Não cabe malabarismos.
Aproveite a
chance que DEUS te deu de ser deputado com o milagre de seus poucos
13016 votos e faça o bem sem olhar a quem. Pare de incitar ódio contra
os cristãos. O senhor é deputado e tem o dever de proteger a nação. Sua
atitude só escandaliza e promove guerra. Seja adulto, se coloque no seu
lugar de deputado do povo, lute pela sua causa de forma digna, pare de
perverter discursos e realidades a favor de seu ego. Ser oportuno,
deputado, é bom, mas ser oportunista é vergonhoso e nesta audiência
fiquei assustada com o seu comportamento desequilibrado e comsua maldade
em perverter a realidade para perseguir e ridicularizar nossa gente.
Lamentável.
Deus te
abençoe, e que a paz que excede todo entendimento possa entrar em seu
coração e o fazer perceber o quanto suas atitudes têm promovido
alienação, indução ao erro, guerra e não paz.
Para o ilustre deputado deixo uma palavra: “Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.” Is.55:6
Marisa Lobo, psicóloga com a Graça de DEUS.