quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Conselho a um jovem pastor, sobre grupo de louvor



Meu caro Tadeu,

Fiquei muito feliz com a notícia de que você está pastoreando a igreja de seus pais desde o ano passado. Agradeço a sua carta comunicando o fato e também a confiança depositada em mim, ao expor os conflitos com o ‘grupo de louvor’ de sua nova igreja. Percebo que desde sua posse esse tem sido um dos assuntos que mais o tem afligido.

Você foi eleito para cinco anos e ainda há um longo caminho a ser percorrido. Como pastor da igreja, você tem prerrogativas quanto à condução do culto e autoridade para orientar o que vai ser cantado no culto e a maneira como isso vai ser feito. Em alguns casos, o desgaste já é tão grande que não existe mais diálogo possível entre o pastor e o grupo de louvor. Espero que não seja esse o seu caso, e nessa esperança, dou-lhe alguns conselhos.

1) Aconselho que você reconheça que nós, reformados, já perdemos a batalha por um culto simples, espiritual, teocêntrico e equilibrado. O movimento gospel veio para ficar. Nós perdemos, Tadeu, porque erramos na estratégia. Há cerca de dez anos, quando a Igreja Batista da Lagoinha começou a comandar o louvor nas igrejas evangélicas no Brasil, preferimos resistir frontalmente e insistir com nossas igrejas a que ficassem com os hinos de nosso hinário. Foi um erro. Poderíamos, além disso, ter apresentado uma alternativa às músicas deles. Há exceções, mas muitas delas são sofríveis, musicalmente falando, e têm uma teologia fraquíssima. São cânticos permeados de conceitos arminianos, neopentecostais, da teologia da prosperidade e da batalha espiritual, característicos daquilo que é produzido pelos músicos e cantores gospel da atualidade. Infelizmente, não conseguimos oferecer nada melhor desde o início, a não ser apelos para ficarmos com os hinos tradicionais.

2) Comece solicitando ao grupo de louvor uma relação de todos os cânticos do seu repertório e se comprometa a estar em todos os ensaios deles para estudo bíblico a respeito do louvor e da adoração, para analisar a propriedade, a teologia e até mesmo o português desses cânticos. Nesses encontros, aja humildemente e não autoritariamente. Lembre-se que eles estão acostumados a tocar tudo o que querem sem serem críticos do que estão cantando. Procure conduzir as discussões para a Bíblia, como o referencial último de tudo o que vai ser feito no culto. Leve-os a perceberem por si próprios que determinadas letras são inadequadas e a desistirem delas. Nesse sentido, seu maior aliado é o púlpito. Pregue sobre a centralidade de Deus no culto, sobre a necessidade da boa doutrina, sobre o perigo dos falsos ensinamentos, sobre o poder da música para o bem e para o mal e o imperativo de mantermos o culto dentro dos parâmetros bíblicos.

3) Coloque como regra inflexível – se possível aprovada como decisão do Conselho da Igreja – que todos os participantes do grupo de louvor também devem estar totalmente integrados na vida da igreja, participando da escola dominical, das sociedades domésticas, sendo assíduos aos cultos. Mais importante do que tudo, deve ser colocada como condição sine qua non, que suas vidas sejam irrepreensíveis, sendo exemplo para os demais jovens da igreja. Insista que eles devem participar do culto todo e que é inaceitável que após a parte deles, que saiam e fiquem do lado de fora da igreja. Não abra mão disso.

4) Com muito cuidado, procure diminuir o volume com que eles tocam. Domingo à noite fui pregar em uma igreja e sentei-me no primeiro banco, aguardando o momento da pregação. O volume do grupo de louvor estava tão alto que não aguentei – levante-me e sai discretamente. Quando consegui sair do local e chegar do lado de fora, meus ouvidos estavam zumbindo. De alguma maneira, os grupos de louvor têm a idéia de que os cânticos têm que ser tocados e cantados com os instrumentos e o vocal no volume máximo. Uma coisa que você pode fazer para convencê-los de que sempre estão tocando muito mais alto do que é necessário é conseguir trazer um especialista com um medidor de decibéis durante os ensaios para medir o nível de ruído. Isso vai mostrar para eles como muitas pessoas se sentem incomodados – inclusive vizinhos silenciosos que não vão reclamar na polícia, mas que no íntimo já tomaram a decisão que jamais se tornarão crentes. Em especial, trabalhe com o baterista, procurando convencê-lo que o alvo da bateria não é fazer barulho, mas marcar o compasso da música de maneira discreta, misturando-se com a melodia, a ponto de se tornar quase imperceptível. Esse provavelmente será o seu trabalho mais difícil. Se quiser o testemunho de um presbítero que quase ficou surdo com o volume do grupo de louvor, veja seu testemunho aqui.

5) Uma outra tarefa difícil será convencer o guitarrista principal de que o culto não é show e nem os louvores uma oportunidade dele mostrar solos incríveis de guitarra. Exibições individuais da performance dos instrumentistas apenas chamam a atenção para eles – não para Deus. Como alternativa, sugira uma noite de som gospel, num sábado à noite, onde outras bandas poderão ser convidadas para um festival de gospel. E tenha cuidado para não dar a esse encontro qualquer conotação de culto. Lá eles podem mostrar toda a sua capacidade com a guitarra. Mas, no culto, usem os instrumentos de forma discreta, para acompanhar os cânticos.

6) Tente mostrar para eles que mandar o povo ficar em pé toda vez que assumem o microfone nem sempre fica bem. Às vezes o pastor acabou de mandar o povo sentar. Deixem o povo sentado. Não vai prejudicar em nada o louvor se o povo ficar sentado. Além disso, tem velhos, idosos e pessoas doentes que não conseguem ficar vinte minutos em pé. Eles devem pensar também no pregador da noite, que além de ficar em pé durante o tempo do louvor, vai ficar em pé mais uma hora pregando. Não tem quem aguente.

7) Procure convencê-los a ocupar menos tempo da liturgia. Se conseguir, será uma grande vitória. Uma sugestão que você pode dar nesse sentido é que não repitam o mesmo cântico duas ou três vezes, como costumam fazer. Também, que cortem as ‘introduções’, geralmente compostas da repetição de frases clichês e batidas que não dizem nada. Se você conseguir convencer o líder do grupo que a tarefa dele é cantar e não exortar e dar testemunho, irá diminuir bastante o tempo empregado no louvor, além de poupar os ouvidos dos crentes de ouvir besteiras, frases clichês, chavões batidos, que só tomam tempo mesmo.

8) Outra coisa que me ocorre: insista em que estejam preparados antes do culto. Fica muito feio e distrai o povo quando os componentes do grupo de louvor ficam afinando instrumentos, equalizando o equipamento de som, plugando e desplugando microfones e fios quando o culto já começou. Ensine-os a serem profissionais naquilo que fazem, e que Deus é Deus de ordem.

9) Procure mostrar que eles não são levitas. Não temos mais levitas hoje. Todo o povo de Deus, cada crente em particular, é um levita, um sacerdote, como o Novo Testamento ensina. É uma idéia abominável que os membros do grupo de louvor são levitas. Isso reintroduz o conceito que foi abolido na Reforma protestante de que o louvor e o acesso a Deus são prerrogativas de apenas um grupo e não de todo o povo de Deus. Resista firmemente a essas idéias erradas, que são oriundas das igrejas neopentecostais, especialmente daquelas que se fizeram em cima do movimento de louvor. Tais conceitos apenas servem para que eles se sintam mais especiais do que realmente são e, portanto, intocáveis. Procure incutir na mente deles que aquilo que eles fazem no culto não é mais louvor e mais espiritual do que o cântico de hinos acompanhados ao órgão ou ao piano.

10) Por fim, ore bastante para que os membros do grupo de louvor não sejam filhos de presbíteros e de famílias influentes da igreja, porque se forem, profetizo que sua missão fracassará. Por mais crentes e sérios que os presbíteros sejam, eles não irão contra a sua própria família, e muito menos contra os seus filhos. Você não terá o apoio deles para reduzir, minimizar, limitar e mesmo qualificar a participação do grupo de louvor no culto. Nesse caso, restarão poucas opções. Uma delas é capitular inteiramente e simplesmente deixar o grupo de louvor fazer o que sempre fez, suportando heroicamente, enquanto ora baixinho no culto, ‘Deus, dá-me paciência para que eu possa suportar esse calvário durante o tempo em que fui eleito aqui’. Outra opção é simplesmente pedir as contas e ir embora para outra igreja, tendo aprendido a importante lição de que a primeira pergunta que se faz ao ser convidado para ser pastor de uma igreja é essa: ‘tem grupo de louvor? Os componentes são filhos dos presbíteros?’

Um velho pastor do Recife costumava se referir ao conjunto da sua Igreja como ‘cão junto’. Espero que não chegue a esse ponto em sua igreja, Tadeu, mas que você encontre misericórdia da parte de Deus para que esse desafio seja vencido e que sua igreja desfrute do verdadeiro louvor durante os cultos.

Um abraço! Augustus”

Nota: A carta é fictícia. Toda semelhança com qualquer situação pela qual algum pastor reformado esteja passando será mera coincidência…



Fonte: Rev. Augustus Nicodemus Lopes em O Tempora, O Mores
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Reportagem da Fox News sobre pastor iraniano Saeed Abedini auxilia a proteger sua vida

A divulgação do caso da prisão do pastor iraniano com cidadania americana, Saeed Abedini, pela Fox News têm auxiliado na sua proteção, informou Jordan Sekulow, diretor executivo do Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ).

De acordo com Sekulow, a esposa do pastor afirmou que a reportagem no canal intimidou os maiores agressores do pastor preso em uma das prisões mais duras do Irã, onde um blogueiro preso em outubro sobreviveu apenas 4 dias.

O pastor foi preso por causa de sua fé, conformou foi anunciado pela própria Agência de Estudo e Notícias do Irã (AOS) em seu primeiro relatório.

“A pessoa de nome Saeed Abedini que foi enviada para começar igrejas clandestinas no Irã foi presa. Sua esposa e filhos vivem nos EUA e ele também viveu na Inglaterra por muitos anos”, diz o relatório.

Segundo o Centro Americano de Direito e Justiça (ACLJ), o relatório traz diversas incorreções nas informações e é uma clara tentativa de insinuar que o pastor foi enviado do estrangeiro para minar a sua cultura.

A ACLJ aponta que o pastor jamais viveu na Inglaterra antes de haver ido aos Estados Unidos em 2005, com sua esposa, Naghmeh.

“Este é o mesmo tipo de campanha de desinformação orquestrada contra o pastor Youcef Nadarkhani promovida pela mídia no Irã."

"Entretanto, o fato de que o Irã está reconhecendo que a prisão do pastor Saeed é relacionada com sua fé é um passo importante no aumento da pressão internacional ao regime para parar a perseguição de pessoas de fé”, declarou a ACLJ.

Saeed, nascido no Irã e cidadão americano, foi preso durante uma viagem de visita à sua família. Ele fazia trabalhos humanitários e estava envolvido com orfanatos não religiosos no Irã.

Para a organização de defesa dos direitos humanos, a prisão do pastor Youcef Nadarkhani, seu advogado Mohammad Ali Dadkhah e o pastor Saeed é o suficiente para que se mantenha a pressão internacional no Irã para a libertação destes e todos os que são presos por sua fé.



Fonte: The Christian Post
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A igreja sem porta

Bom seria se todos pudessem enxergar que o Cordeiro de Deus tirou o pecado do mundo e que agora, já, neste exato momento, eternamente, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.

A Lei acabou! Sim! O fim da Lei é Cristo para salvação de todo aquele que Nele crê! Toda dívida de morte e de sangue promulgada contra os homens foi paga integralmente! Está consumado para sempre! A cruz venceu! A loucura da cruz, do sacrifício eterno do sangue derramado pelo Cordeiro Eterno, aboliu de uma vez por todas outros sacrifícios e rasgou o véu da separação entre a humanidade e Deus.

Só não vê quem se faz de cego, quem tem medo da vida. Porque o Espírito da Vida é para todos os que creem, para todos os que se perceberam salvos no amor eterno do Deus que se entregou por toda a criação, por todo o universo.

Sim! A cruz alcançou redentoramente todas as galáxias. Libertou as extremidades acorrentadas do universo. Andrômeda e todos os buracos negros, estrelas anãs e cometas foram salvos. Um dia, por Graça e Misericórdia, se converterão em novos céus e nova terra. A criação encontra-se em dores de parto, para dar à luz o conhecimento de Deus. As dores são fortes, os gemidos são ouvidos por muitos e muitos anos, mas os filhos da Luz se levantarão glorificados, transformados, renascidos eternamente com as vestes lavadas no sangue do Cordeiro de Deus.

Homens e estrelas se converterão num eterno cântico de adoração ao Rei Eterno e Imortal.
Nuvens de testemunhas se aglomeram para receber os novos irmãos e irmãs que vão sendo feitos nesta igreja sem portas, sem muros, sem nomes ou fronteiras. A Igreja de Deus é invisível, indomável e não conhece outra forma de servir e adorar a Deus que não seja "onde estiverem dois ou três reunidos em seu nome".  Simples assim, em todo e qualquer lugar... Com toda e qualquer pessoa.

Esses irmãos não são salvos pela frequência aos templos, não são salvos por terem seus nomes arrolados nos livros humanos, não ostentam tradições ou formas de culto, mas se encontram salvos e perdoados pela Graça de Deus. Somente por Graça e Misericórdia são salvos, nada além disso. Isto é fruto da bondade de Deus. Sim! Deus é amor!

A igreja com portas tem medo da igreja sem portas. Claro! Os maus ensinam que a salvação acontece somente da porta para dentro. Querem impor suas próprias vontades e espoliar os bens dos insensatos. Mas quem realmente encontra a salvação a encontra no aprisco do Bom Pastor que não conhece fronteiras nem de culturas nem de língua, muito menos de institucionalidade. O Bom Pastor dá de graça a vida sem exigir nada em troca. Bebam de graça da Água da Vida, sem sacrifícios e sem ofertas! É o que está escrito.

Para a liberdade foi que o Eterno Sumo Sacerdote nos reuniu neste culto, nesta celebração chamada chão da vida. No Cordeiro o culto é eterno, não acontece somente aos domingos, mas flui incessantemente no respirar e andar de cada um que é chamado de filho.

A Nova Aliança foi escrita na carne dos corações desta gente cansada e sobrecarregada que aprendeu a entregar seus fardos para quem é Manso e Suave. Nele não há mais medo, não há mais lágrimas de morte. Até quem já morreu  Nele encontra a Vida Eterna.

Os céticos duvidam, os pessimistas tentam desconstruí-lo, os medrosos tentam parar de ouvir Sua voz, mas o testemunho do Espírito sopra poderosa e calmamente. Um dia todo olho o verá, todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ele é Senhor absoluto de toda a existência. No dia em que o mar devolver os seus mortos, todos saberão.

Senhor da Vida é o seu nome! Venceu a morte para sempre! Assim será o cântico eterno.




Fonte: Ovelha Magra
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Maioria das fundações privadas e associações sem fins lucrativos tem cunho religioso


No Brasil, a maioria das fundações privadas e associações sem fins lucrativos é religiosa. Em seguida, aparecem entidades voltadas à defesa de direitos e interesses do cidadão, como mostra o Perfil das Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos em 2010  divulgado hoje (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

As entidades religiosas sediadas no Brasil passavam de 82 mil em 2010 ou 28,5% do total. Os números são ainda maiores, segundo a pesquisa, pelo fato de muitas instituições assistenciais, educacionais e de saúde de origem religiosa não estarem classificadas como tal.

Entre as instituições que trabalham na defesa dos direitos humanos (42,4 mil em 2010), a maioria era formada por centros e associações comunitárias (20 mil), seguida de associações de moradores (13 mil), de entidades de defesa de direitos de grupos e minorias (5 mil), de desenvolvimento rural (1,5 mil), emprego e treinamento (500) e outras instituições (2,1 mil).

Mais da metade das instituições religiosas (57,4%) estão situada na Região Sudeste. As entidades de defesa de direitos estão em maior número no Nordeste (37,7%), que concentra quase a metade dos centros e associações comunitárias (45,3%), subgrupo das fundações e associações voltadas a atender o cidadão.

Das entidades criadas na última década (118 mil), 27% eram religiosas (32 mil). Já as entidades mais duradouras, de acordo com o estudo, eram as da área da saúde, sobretudo, hospitais, pois mais da metade deles (53%) foram criados em 1980. Junto com o subgrupo outros serviços de saúde, os hospitais privados e sem fins lucrativos representavam mais da metade das entidades do setor de saúde (64,6%) e absorvem 16,6% dos profissionais da área.



Fonte: Agência Brasil
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Estudo indica que os cristão são o maior grupo religioso do mundo



Os cristãos são o grupo religioso mais numeroso do mundo, já que agrupa 2,2 bilhões de pessoas, segundo um estudo publicado nesta terça-feira pelo Fórum Pew de Religião e Vida Pública.

Pew acumulou dados do tamanho e da distribuição geográfica dos oito maiores grupos religiosos, incluindo os não-crentes.

Descobriu que os cristãos são em torno de 32% da população mundial, seguidos pelos muçulmanos, o segundo maior grupo, com 1,6 bilhão de crentes.

Os hinduístas são o terceiro maior grupo, com quase um bilhão de pessoas (15%), seguidos dos budistas, com 500 milhões de crentes (7%) e dos judeus, que aglutinam 14 milhões de seguidores (0,2%).

O estudo demográfico mundial realizado em mais de 230 países e territórios descobriu que mais de oito pessoas em dez, ou 5,8 bilhões de pessoas, se identificam com um grupo religioso.

Mais de 400 milhões de pessoas (6%) praticam várias tradições, incluindo as religiões tradicionais da África, as dos aborígenes ou as relacionadas com o folclore, revelou a pesquisa.

O Fórum Pew assegurou que o estudo, no qual a filiação religiosa estava baseada na identificação pessoal, não tentou medir o grau com que estes fieis observam sua fé.

Fonte: AFP
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Orissa 2008: alguns anos depois


Orissa 2008: alguns anos depois 
Embora ainda vivam sob constante pressão, a atual situação dos cristãos de Orissa é estável

O ano de 2008 foi muito triste para os cristãos de Kandhamal, no Estado de Orissa, leste da Índia, quando dezenas de ataques foram organizados contra a comunidade cristã local. A região de Orissa é considerada uma das mais intolerantes ao cristianismo em toda a Índia, onde grupos hindus e maoístas (Naxalitas) agem por razões muito específicas.
 
A casta não tribal dos Pana (intocáveis) é a segunda maior comunidade de Kandhamal, composta em sua maioria de convertidos ao cristianismo. Os hindus procuram impedir o crescimento do cristianismo e o segundo grupo age sob pretextos políticos recrutando cristãos Pana para suas fileiras revolucionárias.

Orissa é um dos Estados indianos que têm autonomia para promulgar legislação religiosa. Essa legislação diz que nenhuma pessoa deve converter outra, direta ou indiretamente, por força ou indução.

Os ataques de agosto de 2008 foram motivados sob a alegação de que os missionários cristãos da região estavam convertendo à força as tribos locais, fornecendo-lhes carne de vaca, o que para o hinduísmo é um sacrilégio. Além disso, os cristãos foram acusados de serem treinados e agirem em favor de grupos maoístas que planejaram e executaram o influente líder hindu, Swami Laxmanananda.

Nos ataques de Orissa em 2008, milhares de cristãos tiveram que fugir de suas casas, outros foram mortos e suas igrejas e casas incendiadas.

"Cerca de 20 pessoas vieram à minha casa com paus e varas em suas mãos e ameaçaram obrigar a me converter ao hinduísmo, então eles rasparam minha cabeça. Eu lhes disse: ‘Eu conheço meu Senhor, Ele me salvou e eu não vou mudar minha fé’. Quando eles me pediram para beber a urina de uma vaca e comer seu esterco, todo mundo saiu correndo – ninguém ficou para ajudar. Os extremistas, então começaram a me agredir brutalmente e me disseram para deixar a aldeia", disse um cristão indiano.

Portas Abertas socorre cristãos indianos

A Portas Abertas Internacional socorreu os cristãos de Orissa, prejudicados pelos ataques. Nas semanas seguintes aos motins, a equipe da Portas Abertas organizou a distribuição de mais de 6 mil kits de primeiros-socorros, contendo itens de necessidades básicas para as famílias que perderam tudo. Cada pacote continha utensílios de cozinha, pratos e xícaras, arroz e outros alimentos, roupas para uma família, medicamentos, repelentes, produtos de higiene pessoal e uma Bíblia.

As primeiras fases dessa força-tarefa foram realizadas em sigilo. Embora muitas organizações, por questões de segurança, se retiraram da região, a Portas Abertas prosseguiu socorrendo os cristãos.

Nos campos de refugiados, as pessoas foram servidas com arroz e dal (sopa de lentilhas) duas vezes por dia. A Portas Abertas teve também o privilégio de poder patrocinar uma ceia de Natal para cerca de 3 mil cristãos no campo G-Udaigiri.

"No mês de agosto de 2008, os líderes do RSS (partido político hindu) entraram em nossa aldeia com um grande grupo de pessoas e queimaram todas as casas dos cristãos, incluindo a nossa. Naqueles dias difíceis a Portas Abertas desenvolveu um programa de ajuda. Sou grato a Deus e grato à Portas Abertas por nos fornecer ajuda. O que vocês fizeram era o que ansiávamos e Deus tornou isso possível", disse Hosea Mohanandia, cristã de Orissa.

Orissa hoje

Embora ainda vivam sob constante pressão, a atual situação dos cristãos de Orissa é estável. Muitos conseguiram voltar para suas casas e rescontruir suas vidas após os ataques de 2008; outros não quiseram ou foram impedidos de fazê-lo. Você, parceiro da Portas Abertas, foi parte da ajuda entregue para esses cristãos. Que Deus seja louvado através de sua vida!
 

Fonte: Portas Abertas
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Mais cristãos são presos no Irã no final de 2012


Mais cristãos são presos no Irã no final de 2012

Durante o mês de dezembro, dezenas de cristãos foram detidos no país

Dois cristãos da Igreja de denominação Irã, Behzad Taalipasand e Mohammadreza (Johann) Omidi, foram detidos na noite de Ano Novo na cidade de Rasht.

As prisões são a mais recente ofensiva a igrejas domésticas por parte do governo iraniano. Em um ritual anual ironicamente referido pelos cristãos locais como um "presente de Natal", o regime iraniano, geralmente intensifica sua campanha de repressão durante a época de Natal.

Em 2010, 70 cristãos foram presos durante este período, enquanto em 2011, as autoridades da cidade de Ahwaz detiveram toda uma congregação, incluindo as crianças que estavam na Escola Dominical.
Neste ano, em 25 de dezembro, o pastor Yousef Nadarkhani, da Igreja do Irã, absolvido da acusação de apostasia em setembro, foi preso novamente em Rasht, por instigação das autoridades prisionais para servir os restantes 45 dias de uma pena de três anos por evangelizar muçulmanos.

Em 27 de dezembro, em torno de 50 cristãos foram presos em uma casa residencial em Teerã, onde eles se reuniram para celebrar o Natal. De acordo com informações recebidas pela agência de notícias iraniana Mohabat News, a maioria foi solta depois de ser interrogada e entregar telefones celulares e senhas para e-mails e sites de redes sociais.

No entanto, o reverendo Vruir Avanessian, de 60 anos, foi detido na prisão de Evin, apesar de sofrer problemas de saúde graves. O reverendo já foi escoltado por guardas para uma clínica especializada para tratamento de diálise obrigatório, onde ele foi brevemente visitado por sua esposa, antes de voltar para a prisão.

Também em dezembro, surgiram notícias da prisão sem acusação desde setembro do Saeed Reverendo Abedini, cidadão com dupla nacionalidade iraniana e americana, que foi detido ao visitar seus pais. Segundo os relatórios do reverendo foi dado várias datas para uma audiência judicial, o que tem sido repetidamente adiadas.

Mervyn Thomas, diretor executivo da Christian Solidarity Worldwide (CSW), disse: "A campanha anual do governo iraniano de prisão e perseguição durante um feriado religioso significativo é totalmente inaceitável. Como signatária do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP), o Irã é obrigado a defender a liberdade de religião ou crença para todos os seus cidadãos, e isso deve incluir o direito de observar dias de adoração e manifestar sua crença na comunhão com os outros.

"Além disso, embora seja bom que o reverendo Avanessian esteja recebendo o tratamento médico necessário, CSW condena sua prisão e falta de vontade de continuar questão do Irã ou da incapacidade de proporcionar atenção médica adequada para pastor Benham Irani, cuja saúde continua a deteriorar-se na prisão".

"É vital que o governo iraniano termine o assédio às minorias religiosas dentro de suas fronteiras, respeite o seu direito à liberdade religiosa, e libere imediatamente e incondicionalmente todos os que foram presos por causa de sua fé."


Fonte: Christian Today
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Novo decreto restringe a liberdade religiosa no Vietnã



Novo decreto restringe a liberdade religiosa no Vietnã  Decreto foi emitido em novembro e entrou em vigor em 1º de janeiro

 
A organização Christian Solidarity Worldwide está preocupada com o novo decreto no Vietnã que limita seriamente a liberdade religiosa. O decreto foi emitido em novembro e entrou em vigor em 1º de janeiro.
Ele estabelece as condições para o registro de atividades religiosas e profissionais, e coloca novas condições à organização de conferências e eventos religiosos por "estrangeiros".
Nguyen Hung, da AsiaNews acredita que o decreto segue o modelo chinês de controle das religiões.O relatório cita cristãos  que acreditam que o decreto é um sinal de que o governo está "à procura de uma maneira de controlar e restringir a liberdade de religião".
O líder de 84 anos de idade, da Igreja Budista Unificada do Vietnã, Thich Quang Do, que está sob prisão domiciliar, também suscitou preocupações em entrevista à Rádio Free Asia, dizendo que o novo decreto irá "seriamente limitar a liberdade religiosa" no Vietnã .
O diretor de Advocacia da CSW, Andrew Johnston, disse: "Embora acolhendo o reconhecimento do governo vietnamita da necessidade de novas orientações sobre a implementação de leis relativas à religião no Vietnã, CSW está profundamente preocupado com a natureza restritiva do Decreto 92."
Ele disse que o decreto surgiu para restringir as atividades religiosas de uma maneira que era inconsistente com as obrigações do Vietnã sob o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (PIDCP), em particular o artigo 18, que diz respeito à liberdade de religião ou crença.
Johnston acrescentou: "A CSW insta o Governo do Vietnã para garantir que o direito à liberdade de religião ou crença é totalmente garantida por lei."

Fonte: Christian Today
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