segunda-feira, 11 de março de 2013

Universidade Presbiteriana Mackenzie recebe Jean Wyllys para debate sobre agenda gay, e se torna alvo de críticas

 

Universidade Presbiteriana Mackenzie recebe Jean Wyllys para debate sobre agenda gay, e se torna alvo de críticas

No dia 28 de fevereiro de 2013, a Universidade Presbiteriana Mackenzie recebeu no Centro Acadêmico João Mendes um debate intitulado “Diversidade Sexual e Liberdade Religiosa: Um casamento possível?”, os convidados para o debate foram o deputado federal e ativista gay Jean Wyllys (PSOL-RJ), e o diretor honorário da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (ANAJURE) e Procurador Regional da República, Dr. Guilherme Schelb.
A presença de Jean Wyllys, notório crítico da visão cristã sobre o homossexualismo, em um debate promovido por uma universidade regida por uma igreja evangélica, gerou uma série de críticas contra a instituição de ensino, que tem como chanceler o reverendo presbiteriano Augustus Nicodemus Lopes.
De acordo com nota da ANAJURE, o evento foi marcado por um clima de hostilidade contra Schelb, que chegou a ser vaiado por várias vezes ao expor a visão cristã como contraponto às ideias defendidas por Wyllys.
- Apesar do jurista, que atua no Ministério Público Federal e é um dos Procuradores da República mais respeitados do país, ter sido aberto ao debate equilibrado de ideias, enfrentou franca oposição, não só de argumentos, mas também de vaias em alguns momentos. – ressaltou a Associação, que explicou que durante as discussões, “o Dr. Schelb abordou aspectos jurídicos a respeito da criminalização de opiniões e manifestações de pensamentos contrários ao movimento gay, questões contempladas pelo PLC 122/2006, mostrando cabalmente o aspecto inconstitucional e autoritário da proposição”.
O ativista Julio Severo teceu fortes críticas à Universidade, e ao ser chanceler, afirmando que a instituição poderia ter vetado a presença do ativista gay no evento que, segundo ele, acabou servindo como “espaço de publicidade gratuita para Wyllys”.
- Se tivesse vetado, poderia pelo menos ter poupado o representante da ANAJURE das vaias e hostilidade que sofreu. Dá para imaginar um jurista evangélico ser humilhado diante de um supremacista gay dentro de uma universidade evangélica? É um quadro apocalíptico, e aconteceu no Mackenzie. – escreveu Severo, que criticou também o fato de Wyllys ter sido descrito nos documentos do evento na Universidade como um militante que atua no combate a “fundamentalistas religiosos”, o que seria uma clara alusão aos contates ataques do deputado às igrejas evangélicas.
Apesar de documentos sobre o debate afirmaram e que a presença de Wyllys foi promovida em parceria com a chancelaria da universidade, o chancelar Augusuts Nicodemus publicou uma nota em sua página no Facebook afirmando que a mesma só tomou conhecimento da presença do deputado em cima da hora, e como resposta só restou convidar o jurista evangélico como forma de oferecer um contraponto ao ativista gay, e “minimizar os efeitos” da sua presença.
- Infelizmente numa universidade do porte do Mackenzie diretórios estudantis realizam eventos se valendo da autonomia universitária dos quais só tomamos conhecimento em cima da hora, como foi o caso, só nos restando achar uma pessoa para fazer o contraponto, para tentar ao menos minimizar os efeitos. Lamento profundamente tudo isto ocorrido em nosso quintal e em nossas costas. O evento não foi promovido pelo Mackenzie, sua reitoria ou chancelaria – jamais. Fomos pegos de surpresa. É uma pena que pessoas que se dizem cristãs alardeiam fatos e os distorcem sem qualquer conhecimento de causa. – escreveu Nicodemus.
O debate foi criticado também pelo blogueiro e colunista do Gospel+ Paulo Teixeira, que classificou o evento como “Uma Vergonha”, e ressaltou o fato do procurador que representava a ANAJURE ter sido hostilizado na universidade.
Teixeira disse ainda que a presença do ativista gay na Universidade Presbiteriana Mackenzie fere os princípios cristão defendidos pela instituição em sua Carta de Princípios, que diz:
- O cristianismo reconhece que não é possível a existência de uma sociedade que seja completamente isenta da corrupção. A nossa esperança é o mundo vindouro, escatológico, a ser inaugurado com o retorno de Jesus Cristo, quando as causas da corrupção serão removidas para sempre. O que não significa que não devamos, com todas as nossas forças, lutar para que os valores do Reino de Deus sejam implantados aqui neste mundo, por meio de uma boa educação integral, que contemple não somente a formação intelectual e profissional, como também a formação de cidadãos éticos e compromissados com os valores morais que servem de base para famílias e sociedades sólidas e justas.
Apesar do clima de hostilidade que afirma ter sido enfrentado por ser representante, a associação Nacional de Juristas Evangélicos declarou estar sempre aberta a participar de debates desse gênero, sem impor de maneira autoritária sua visão sobre nenhum assunto.
- A posição da ANAJURE, neste sentido, é a de sempre participar das esferas acadêmica, pública e comum, de modo a deixar clara qual a posição cristã, sem que isso signifique a imposição autoritária da nossa cosmovisão, como é o caso de certos segmentos e movimentos sociais – afirmou em nota a associação que disse ainda que “é preciso lembrar que uma das características da universidade, desde a idade média, é a possibilidade de se discutir todos os temas sociais”.
Por Dan Martins

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Sociedade Brasileira de Genética apóia críticas do biólogo Eli Vieira ao pastor Silas Malafaia


Sociedade Brasileira de Genética apóia críticas do biólogo Eli Vieira ao pastor Silas Malafaia 

 

A Sociedade Brasileira de Genética (SBG), publicou recentemente uma nota na qual endossa as críticas do biólogo Eli Vieira ao pastor Silas Malafaia na polêmica a respeito da influência da genética na orientação sexual de uma pessoa.
Em seu texto a SBG reafirma a opinião exposta pelo biólogo de que a “orientação sexual humana é uma característica multifatorial, influenciada tanto pelos genes como também pelo ambiente”. Outro ponto destacado na nota é o de que nem o fator genético nem o comportamental tem efeito determinante por si só para definir essa faceta do comportamento humano, descrito na nota como o “resultado de uma interação complexa entre genes e ambiente”.
- Alegar que a genética nada tem a contribuir na compreensão da origem deste comportamento é ignorar meio século de avanços na nossa área. – ressalta a SBG, que encerra declarando ser verdadeiramente importante “que as pessoas não sejam julgadas pela sua orientação sexual ou identidade de gênero, mas apenas pela firmeza de seu caráter”.
Leia a nota na íntegra:
7 de março de 2013
A Sociedade Brasileira de Genética endossa as informações fornecidas pelo biólogo Eli Vieira em resposta ao pastor e psicólogo Silas Malafaia acerca das bases genéticas da orientação sexual.
A orientação sexual humana é uma característica multifatorial, influenciada tanto pelos genes como também pelo ambiente. Há fortes evidências de que o substrato neurobiológico para a orientação sexual já está presente nos primeiros anos de vida. Não há evidência de nenhuma variável ambiental controlável capaz de modificar de maneira permanente a orientação sexual de um indivíduo. Assim, essa faceta do comportamento humano é resultado de uma interação complexa entre genes e ambiente, em que nenhum dos dois tem efeito determinante por si só. Alegar que a genética nada tem a contribuir na compreensão da origem deste comportamento é ignorar meio século de avanços na nossa área.
Entendemos, também, que os fatos acerca dessa questão são desvinculados do debate ético sobre os direitos das pessoas que manifestam orientações sexuais e identidades de gênero.
No entanto, neste momento histórico em que o físico Stephen Hawking faz campanha para que o governo britânico se retrate pelos males que causou a Alan Turing, homossexual e pai do computador, expressamos que nós, como cientistas, desejamos um mundo mais igualitário, em que as pessoas não sejam julgadas pela sua orientação sexual ou identidade de gênero, mas apenas pela firmeza de seu caráter. Um mundo assim é um mundo mais receptivo ao pensamento científico, que se constrói de forma humilde e tentativa, em vez de dogmática e impositiva.
Porém, em seu site, Silas Malafaia afirma que a nota da SBG na verdade foi um “tiro que saiu pela culatra”, e no fim endossa suas opiniões sobre o tema. Destacando o trecho do texto que diz que o “comportamento humano é resultado de uma interação complexa entre genes e ambiente, em que nenhum dos dois tem efeito determinante por si só”, Malafaia defende que essa afirmação “não comprova absolutamente nada, cientificamente falando”.
O pastor diz ainda que “fortes evidências na ciência não indicam a verdade científica”. E que “o instrumento da verdade científica é o experimento, a observação”. Malafaia diz ainda que “o documento da SBG não tem a ver com genética, e sim com filosofia e direitos humanos” e que “quem escreveu este documento está legislando em causa própria”.
Por Dan Martins, 
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Petições no Avaaz tentam destituir Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos

Petições no Avaaz tentam destituir Marco Feliciano da presidência da Comissão de Direitos Humanos
A eleição do deputado e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minoria da Câmara dos Deputados continua causando polêmica e manifestações de repúdio. Além das diversas manifestações diretas contra o pastor, que chegou a ser chamado de monstro pela apresentadora Xuxa, foi criada também uma petição online contra sua presença na comissão.

Na última quarta feira (06), foi criada na comunidade Avaaz, uma petição pedindo o afastamento do pastor da comissão, afirmando como motivo para o pedido que o pastor seria um homem preconceituoso. Até o fechamento dessa matéria, a petição contava com 94 mil apoiadores, e tem como meta conseguir 1 milhão de assinaturas.
- O preconceituoso deputado não pode assumir uma comissão que visa acabar com preconceitos! Não são desconhecidas as posições e as posturas do pastor. Ele afirmou que AIDS é câncer gay, que os africanos foram amaldiçoados. A candidatura apresenta pelo PSC fere o regimento [sic] interno da camara [sic] dos deputados! – descreve a petição, que aparece ao lado de outra criada no mesmo site no dia 28 de fevereiro, data em que o pastor havia sido indicado ao cargo. Mesmo sem a confirmação de Feliciano como presidente da comissão nessa data, já havia sido criada uma petição para “Imediata destituição do Pr. Marco Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal”, mobilização que conta atualmente com 276 mil assinaturas, e tem por objetivo alcançar 500 mil apoiadores.
- Se já não bastasse a eleição de Renan Calheiros para presidente do Senado, um deputado conhecido por opiniões racistas e homofóbicas assumiu a liderança da Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados. É um absurdo! Mas se aumentarmos a pressão, poderemos impedir este insulto! – diz o texto da petição.
A petição contra Feliciano é apoiada diretamente pelo polêmico líder do Avaaz no Brasil, Pedro Abramovay, que afirmou em nota que Feliciano é “conhecido por comentários racistas e homofóbicos”, e “foi eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara (CDHM), à portas fechadas”.
Afirmando que Marco Feliciano não tem “perfil de alguém que deve liderar uma comissão que luta por justiça e igualdade de minorias”, Abramovay convoca apoiadores para o abaixo assinado online, e afirma que “a indignação pública está se espalhando em todo o país”.
Pedro Abramovay encerra sua nota comparando a petição contra Feliciano à mobilização nacional pelo “Ficha Limpa”, e afirma que tal ato faz parte de um suposto movimento que teria por objetivo “limpar nossa política e fazer do Brasil um país mais justo e igualitário”.
Por Dan Martins,
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Vídeo – Jean Wyllys critica pastor Silas Malafaia e sua posição contra a homossexualidade no Pânico na Band: “Desonesto intelectualmente”. Assista na íntegra



Vídeo – Jean Wyllys critica pastor Silas Malafaia e sua posição contra a homossexualidade no Pânico na Band: “Desonesto intelectualmente”. Assista na íntegra


Após uma semana inteira sob holofotes devido suas críticas à eleição de Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados, o deputado federal Jean Wyllys voltou suas baterias ao pastor Silas Malafaia.
Wyllys fez críticas às declarações de Malafaia durante a entrevista dele ao programa Pânico na Band, na última semana.
Sobre o fato de Malafaia afirmar que tem o direito de criticar a prática homossexual e que isso não se caracteriza julgamento, Wyllys disse: “É um direito dele. Ele tem razão quando ele diz que tem esse direito. Ele tem o direito de dizer isso no púlpito da igreja dele. Quando o pastor Silas Malafaia injuria a comunidade homossexual, aí ele tem que ser acionado mesmo pelo Ministério Público. E para o público que ele fala, as pessoas que acatam o que ele diz como verdade, compra esse tipo de discurso do pastor Silas Malafaia”, comentou.
Jean Wyllys afirmou ainda que se a homossexualidade é tida como pecado pelos cristãos, é preciso cuidado com a interpretação do que a Bíblia fala e com a dimensão que a pregação pode tomar.
“A prática homossexual é pecado à luz da Bíblia. Ok. Diz que um homem se deitar com outro como se mulher fosse é abominação. Só que a gente precisa entender que o Levítico, que é um código de ética do povo judeu de três mil anos atrás. Então o problema não é com os pastores, nem com os cristãos, mas com os fundamentalistas, aquelas pessoas que leem a Bíblia e não interpretam, tomam ao pé da letra. No livro do Levítico, por exemplo, diz que você não pode comer frutos do mar, que você está atentando contra Deus. E quem é que hoje não come uma empada de camarão?”, questionou o deputado federal pelo Psol-RJ.
Os ataques ao líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo começaram com severas críticas à capacidade do pastor de debater certos assuntos: “Silas Malafaia blefa muito, gosta de vencer no grito. Silas Malafaia tem uma formação precária de psicólogo. Se você pesquisar onde tem todos os currículos de todos os pesquisadores científicos do país, onde eu estou já que eu tenho um mestrado, você não encontra referência do pastor Silas Malafaia”, disse.
Em sua entrevista a Sabrina Sato na semana anterior, Malafaia afirmou que os gays que desejam receber ajuda para modificar sua condição devem recebê-la, e que as igrejas evangélicas oferecem ajuda espiritual a quem busca. Wyllys rebateu a fala do pastor dizendo que “homossexualidade não é doença, logo não pode ter cura” e ironizou: “Primeiro, eu acho estranho que o pastor Silas Malafaia fale isso não sendo gay, não é? Fica uma coisa arrogante alguém falar em nome de uma população inteira, não é? Eu sou gay, então eu posso falar em nome de todos os outros gays e lésbicas que tem nesse país. A gente tem uma sensação de que essa identidade está conosco desde que a gente se entende por gente. Não é uma opção, é um imperativo”.
Wyllys polemizou ainda mais dizendo que a pregação bíblica contra a homossexualidade pode induzir pessoas “de espírito fraco” a cometer crimes em nome da fé: “Ele quer continuar dizendo que a homossexualidade é um pecado, é uma aberração, uma abominação, e quando ele diz isso, uma pessoa sem formação, de espírito fraco, pode de fato matar um ser humano por isso, e acha que tá fazendo algo certo, porque se o gay é fruto do demônio, tenho que matar o demônio. E por isso o projeto tem que limitar a expressão pública de ódio”, afirmou, fazendo referência ao PLC 122.
O deputado e militante gay terminou suas colocações sobre o pastor Silas Malafaia no ataque: “Silas Malafaia faz um malabarismo lógico para justificar as opiniões dele. Então agora, quando ele foi acusado de fazer uma comparação infeliz entre os homossexuais e os assassinos, ele vem com a história de que os assassinos merecem o amor das pessoas. Você vê que é o malabarismo lógico de uma pessoa que é desonesta intelectualmente”, acusou.
Confira abaixo, a íntegra da entrevista de Jean Wyllys para Sabrina Sato, do programa Pânico na Band:


Por Tiago Chagas,
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