A jornalista e âncora do jornal SBT Brasil, Rachel
Sheherazade, deu uma verdadeira aula de democracia e defesa da liberdade de
expressão ao opinar sobre a perseguição que o deputado e
pastor Marco Feliciano vem sofrendo nos últimos dias.
Em seu comentário, a jornalista afirmou que um homem não
pode ser condenado por suas crenças, nem discriminado por causa delas, pois
isso é uma garantia que a Constituição brasileira dá ao seu povo. Dessa forma,
temos o direito a liberdade de culto, como também o livre pensamento e a
liberdade de expressão.
Segundo Rachel Sheherazade, “só temos esses direitos graças
à democracia, onde as decisões são tomadas através do voto, não do grito, nem
da intolerância”.
Ela finaliza afirmando que, gostem ou não, Marco Feliciano
foi eleito democraticamente. “Por mais polêmicas que sejam suas opiniões
pessoais, não se pode confundir o pastor com o parlamentar”.
Famílias cristãs foram atacadas por dois homens armados no dia 22 de fevereiro
"Eles querem impedir-nos de viver e professar a nossa fé em Cristo, mas
eles nunca conseguirão! Este incidente só serviu para nos aproximar
ainda mais de Deus", compartilhou Francis Maina, de sua cama de
hospital, com a Portas Abertas.
Às 16h20 do dia 22 de fevereiro, dois homens armados, suspeitos de
pertencerem ao grupo radical Boko Haram, abriram fogo contra cristãos
que estavam reunidos na casa de uma família na vila Urshalima (Gombe,
Nigéria): seis homens morreram e outros oito ficaram feridos. A família
realizou o sepultamento de Adamu, Hamma, Yohanna B., Amana, Monday,
Adamu Umaru na quinta-feira (28/02). A Portas Abertas visitou os oito
feridos no Centro Médico Federal poucos dias após o ataque. Além disso,
as famílias afetadas foram ajudadas financeiramente.
Ao que parece, islâmicos extremistas do Boko Haram estão utilizando
esse clima de medo e terror para remover, de uma vez por todas, o
cristianismo do norte da Nigéria, com o objetivo de estabelecer a Sharia
(lei islâmica). Mas, embora a Igreja esteja profundamente entristecida
pela perda de inúmeras vidas desde o início do levante contra os
cristãos, em novembro de 2011, permanece cheia de esperança.
Mesmo diante dessa situação, Deus tem permitido que os cristãos
reflitam e se organizem em grupos de ajuda mútua, o que tem
proporcionado o crescimento de sua fé e testemunho. Líderes cristãos
permanecem gratos pela preocupação sincera e o apoio que cristãos de
todo o mundo têm dado a eles por meio da Portas Abertas.
"A Portas Abertas tem sido a nossa parceira mais próxima em Gombe. Esse
ministério fortaleceu o corpo de Cristo em grande medida; sentimo-nos
amados nesse momento tão difícil. Através dessa organização, nós pudemos
ver que cristãos do mundo todo compartilham a nossa dor como se fosse a
sua própria. Em todas as vezes que nos encontramos nesta situação
trágica, a Portas Abertas foi a primeira a demonstrar o amor de Deus.
Somos muito gratos! Que o Senhor os abençoe abundantemente, em nome de
Jesus", disse o evangelista Musa.
Os colaboradores da Portas Abertas que participaram da visita voltaram
para casa encorajados e esperançosos, ao lembrar do testemunho de
Francisco, por exemplo: "Eu sei que Jesus vai me levantar desta cama de
hospital. Estou confiante de que, por meio do corpo de Cristo, que está
ciente da nossa situação e está orando por nós, o poder de Cristo vai
unir povos de todas as cores, nacionalidades e denominações. Que as
bênçãos do Senhor sejam derramadas sobre esse ministério", declarou ele.
Pedidos de oração
Ore pelas famílias que perderam seus entes queridos, para que elas possam receber o conforto e a paz do Senhor.
Peça por sabedoria para os líderes da Igreja no Estado de Gombe.
Interceda em favor do restabelecimento da paz no norte da Nigéria; para que a violência chegue ao fim.
Apresente a Deus a Igreja no norte da Nigéria e ore para que os
cristãos permaneçam firmes durante esses tempos difíceis e incertos.
Lembre-se de pedir ao Senhor por proteção para as equipes que viajam
por essas regiões instáveis a fim de incentivar e ajudar os cristãos
necessitados.
Em 2003, quando os Estados Unidos invadiram o Iraque, havia 300 igrejas
e 1,4 milhão de cristãos no país. Entretanto, atualmente, dez anos
depois, somente 57 igrejas e cerca de meio milhão de fiéis sobrevivem a
ataques islâmicos, segundo William Warda, da Organização de Direitos
Humanos Hammurabi.
De acordo com o jornal Asharg Al-Awsat, desde o início da guerra, as
igrejas cristãs têm sofrido ataques de extremistas, com ofensivas e uso
de bombas, mortes, tortura e conversão forçada para o islã, que
contribuem com a queda do número de cristãos no país.
Warda explica que "os últimos dez anos têm sido os piores para os
cristãos iraquianos, porque testemunharam o maior êxodo e migração na
história do Iraque". A maioria dos cristãos teve de abandonar suas casas
e procurar abrigo fora do país para tentar reconstruir suas vidas.
Os cristãos foram, durante todos esses anos, alvos de ataques da
Al-Qaeda, além de ficarem no fogo cruzado dos conflitos entre os curdos e
os xiitas e sunitas.
Youkhanna Kanna, um político cristão, afirma que os cristãos no Iraque
"são os principais construtores da região em todos os níveis. Eles, sem
dúvida, desempenharam um significante papel no Iraque atual, mas o que
aconteceu após a mudança foi que o sistema de cotas sectárias e étnicas
permitiu blocos de grande porte monopolizar decisões políticas".
Os Estados Unidos devem "racionalizar a sua política para lidar com o
fracasso dos governos e proteger os cristãos e outras minorias e para
garantir a aprovação de leis especiais para impedir a impunidade após
incidentes de motivação religiosa", afirma a Aliança Evangélica Mundial.
Mais de 95% da população do Iraque é muçulmana, sendo que 65% são
xiitas e o restante é sunita. A política iraquiana foi, durante muito
tempo, dominada pelos sunitas até a queda de Saddam Hussein, em 2003.
O pastor iraniano Saeed Abedini, preso ao visitar seu país e condenado a
oito anos de prisão sob acusação de espionagem e comprometimento da
segurança nacional do Irã, escreveu uma terceira carta à sua família,
revelou o Centro Americano para Lei e Justiça (ACLJ, na sigla em
inglês).
Nesta carta, Saeed afirmou que após as torturas e espancamentos a que
vem sendo submetido, não se reconhece mais: “Eu pude ver meu rosto no
espelho de um elevador que me levaria para o hospital da prisão. E
olhando para o reflexo de uma pessoa que estava atrás de mim, eu disse
olá, sem me dar conta que era o meu próprio rosto refletido
desfigurado”, escreveu Abedini.
O pastor é iraniano naturalizado norte-americano, e estaria trabalhando
na implantação de igrejas no país muçulmano antes de sua prisão.
A carta foi escrita para sua família usando pedaços de jornal, informou
o site Mundo Cristiano. Nela, o pastor demonstrou preocupação com sua
esposa e filhos, e descreveu o estado de seu rosto: “Meu cabelo estava
raspado. meus olhos estavam inchados, um inchaço fazendo com que ele
ficasse três vezes maior que o normal e o meu rosto também bastante
inchado”.
Desde sua prisão, a ACLJ vem pedindo que o governo norte-americano
intervenha na situação. Após a divulgação desta terceira carta, a
entidade voltou a pedir ao secretário de Estado do país que volte a
pressionar o governo iraniano pela libertação do pastor, que é cidadão
norte-americano, porém o Departamento de Estado não tem se pronunciado
sobre o caso.
Ministério Hebrom compõe canção tema do projeto evangelístico
O Projeto AD na Copa dá mais um passo no desenvolvimento da estratégia
proposta para a evangelização no Brasil durante a realização da Copa do
Mundo de 2014, ocasião em que milhares de turistas afluirão ao solo
brasileiro para participar da segunda maior competição esportiva
internacional do mundo.
O projeto é uma iniciativa da CGADB por meio da Comissão de
Evangelização e Discipulado, presidida pelo pastor Raul Cavalcante, que o
idealizou. O coordenador nacional do projeto é o pastor Arnaldo Senna,
da AD no Belenzinho (SP).
O passo dado é em relação à composição da canção oficial do projeto,
que será utilizada como instrumento de evangelização durante os dias do
evento, com divulgação nas mídias. Ela será também executada em todas as
concentrações evangelísticas realizadas durante a Copa. E para compor
essa canção-tema, foi convidado o grupo de louvor Ministério Hebrom, da
gravadora CPAD Music. A composição oficial do projeto será o "grito e louvor de guerra" na boca de todo o povo assembleiano.
Amaury Bertoqui, líder do grupo, conta que ficou muito feliz ao ser
convidado para participar dessa grande mobilização evangelística e que
orou muito ao Senhor pedindo as palavras certas para atingir os corações
através do louvor. "Nos preocupamos em escrever algo que não fosse
focado no segmento evangélico, pois não poderíamos usar o
‘evangeliquês’, que nós crentes entendemos muito bem, mas as outras
pessoas não conhecem. Então, oramos para Deus nos dar as palavras certas
a fim de atingir o coração dos perdidos".
"O resultado não poderia ser melhor", garante pastor Senna,
entusiasmado. Ele conta que a canção mescla elementos culturais dos 12
estados brasileiros que sediarão os jogos e usa vários termos do nosso
hino nacional.
Em breve a canção estará disponível no site do projeto para ser ouvida e disponível para download no endereço eletrônico www.adnacopa.com.br, que está sendo totalmente reformulado depois de seu lançamento em janeiro de 2013.
* Mais informações na edição 1535 (abril) do Jornal Mensageiro da Paz
Alegando
questões de direitos autorais, o Google retirou do ar o canal cristão
Alcibiades232, no Youtube. O canal reproduzia vídeos ligados ao
cristianismo, como entrevistas de pastores e personalidades gospel em
emissoras de TV, clipes de cantores e outros.
A exclusão do canal aconteceu na última semana, e desde então, a
mensagem “Alcibiades232 teve a conta encerrada porque recebemos diversas
reivindicações de terceiros de violação de direitos autorais
relacionadas ao material postado pelo usuário” é apresentada aos
internautas que tentam acessar os arquivos do canal.
A conta era administrada por Alcibiades Santos, e recentemente seu
canal havia sido eleito o quinto mais relevante do Youtube no Brasil,
registrando mais de 179 milhões de acessos e um rol de seguidores
superior a 350 mil pessoas.
Sobre o ocorrido, o administrador do canal lamentou o encerramento da
conta e agradeceu as manifestações de apoio feitas pelos internautas:
“Antes de tudo quero agradecer a todos pelo carinho e atenção [...] À
tarde eu não estava em casa, e ao chegar agora à noite, fui bombardeado
com inúmeras mensagens [...] Só queria deixar claro que nesses 5 anos de
trabalho no Youtube, nunca ganhei 1 centavo sequer, nunca fiz nada por
dinheiro! [...] Recusei centenas de convites de parceria para
monetização no Youtube! Não sei se as denúncias partiram dos nomes
informados pelo Google, até porque sempre fui bem aceito por eles, mas
infelizmente não posso fazer nada”, afirmou Alcibiades, segundo o
Christian Post.
O Ministério de Louvor Diante do Trono foi um dos que se manifestaram
contrários à decisão da equipe do Google que administra o Youtube de
excluir o canal Alcibiades232: “O Ministério de Louvor Diante do Trono
vem informar que nunca solicitou e nem solicita retirada de canais do
YouTube do ar e não apoia esse tipo de iniciativa”, informa o texto
divulgado pela Rede Super.
Na nota, o DT reafirma seu apoio ao canal: “Fomos certificados por
meio de terceiros que o canal Alcibiades232 foi retirado do ar por
questões de direitos autorais. A equipe do Ministério de Louvor Diante
do Trono vem expressar que apoia o canal e está tentando contato com o
YouTube afim de solicitar o retorno do mesmo. Esperamos que outros
também tenham essa iniciativa”, pontua a nota.
O posicionamento do Diante do Trono foi motivado pelo fato de que boa
parte do conteúdo apresentado pelo canal era relativo ao trabalho do
ministério.
Diversos internautas protestaram contra o fechamento e fizeram
campanha para que o canal fosse reativado com todos os vídeos, usando
hashtags no Twitter, como #VoltaAlcibiades232 e
#YouTubeDevolveAlcibiades232.
Um canal alternativo, chamado Alci232, já está operando no Youtube, com parte do conteúdo que antes era exibido pelo canal que foi excluído.
A
longa novela em torno da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM)
parece caminhar para um final em que o pastor Marco Feliciano (PSC-SP)
será mantido no cargo de presidente.
Após reunião com a liderança
de seu partido, Feliciano concedeu entrevista à imprensa com sorriso no
rosto (foto), e voltou a reafirmar que não renunciará ao cargo e que
tomará “cautelas” para a próxima reunião da CDHM, que acontece hoje, 27
de março.
“Amanhã [quarta, 27] vai ser uma agenda normal. Vamos tomar cautelas
que da última vez não tivemos. Teve todo um ‘sabotamento’. Tem um
aparelhamento”, afirmou o pastor, em entrevista coletiva.
O deputado federal André Moura (SE), líder da bancada do PSC na
Câmara dos Deputados, afirmou que nada convenceu o pastor Marco
Feliciano a sair do cargo: “Ele se manteve, apesar de todos os nossos
apelos, o tempo todo na posição de não renunciar. Não cabe mais a mim,
como líder, nem à bancada nem ao presidente da Câmara destituí-lo. E nós
não conseguimos em nenhum momento demovê-lo da convicção de não
renunciar”, revelou.
Com a divulgação da decisão do PSC, o presidente da Câmara, deputado
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) afirmou que era necessário aceitar a
escolha do partido: “Não era esta a indicação da semana passada. Era a
de buscar uma posição que harmonizasse a Casa e a sua Comissão de
Direitos Humanos. Mas, como presidente, tenho que respeitar e acatar a
decisão do partido [...]Não posso [destituí-lo]. O regimento não
permite”, afirmou, segundo o G1.
Preocupado com as pressões políticas e ameaças de tumulto por parte
de manifestantes, Alves prometeu uma reunião com as lideranças dos
partidos para que os trabalhos da CDHM possam ir em frente: “Vamos
reunir os líderes para fazer funcionar a comissão”, definiu.
Esse acordo com os partidos pode ser essencial para que os trabalhos
da CDHM possam ser realizados. Ontem, após o anúncio de que Feliciano
permaneceria no cargo de presidente da comissão, um manifestante subiu
em uma mesa de uma das salas do Congresso e gritou palavras de ordem
pedindo a saída do pastor do cargo: “Fora Feliciano, nós não vamos
desistir enquanto não sair”. O ativista foi vaiado pelos demais
espectadores que estavam no recinto.
Marco Feliciano anunciou que irá dar andamento a questões que
precisam de seu envolvimento, como a situação de brasileiros presos no
exterior, por exemplo.
“Amanhã [quarta] tenho reunião com o embaixador da Indonésia sobre
dois brasileiros presos e condenados lá e quero saber se eles estão na
lista que a BBC divulgou de nove pessoas que vão ser executadas até
2014. Estando na lista, estou levando uma carta pedindo clemência para
que tenham prisão flexibilizada, prisão perpétua, menos a pena de
morte”, afirmou, completando ainda que pretende dar atenção ao caso dos
torcedores corintianos presos na Bolívia pela morte do torcedor
boliviano Kevin Spada: “Tive reunião com embaixador da Bolívia. Ele foi
muito querido, abriu as portas e disse que, através do caminho
diplomático, é possível fazer alguma coisa. Me convidou para ir até lá.
Vou tentar conversar com a família para ver o que é possível fazer para
tentar tirar aqueles 12 corintianos”, disse.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) voltou a fazer declarações
contra Marco Feliciano, classificando-o como “machista, homofóbico e
racista”, e afirmando que não aceitava o pedido de desculpas feito pelo
pastor, pois não era sincero: “Ele acredita naquilo”, afirmou,
referindo-se às frases consideradas homofóbicas e racistas. Por Tiago Chagas,
Ao
anunciar sua programação para 2013, a TV Record revelou que irá
apresentar a série “The Bible”, sucesso mundial de audiência, segundo
informações do Uol. Entretanto, a data de exibição ainda não foi
divulgada.
A série bíblica produzida pelo canal por assinatura History Channel
estreou nos Estados Unidos no dia 03 de março, com recorde de audiência,
atraindo 13,1 milhões de telespectadores, e considerada o maior índice
de audiência da TV a cabo norte-americana.
Produzida por Roma Downey e Mark Burnett
(este último, criador do reality show The Voice, exibido no Brasil pela
TV Globo), a série conta com cinco episódios de duas horas de duração
cada, podendo ser exibida em dez episódios com uma hora de duração cada
um.
The Bible conta em cada episódio, de duas a três passagens bíblicas, e
entre as histórias retratadas estão os relatos sobre Sansão e Dalila,
Adão e Eva, o êxodo dos judeus, e até o nascimento, morte e ressurreição
de Jesus Cristo.
A produção da série utilizou a Bíblia com a tradução da Nova Versão
Internacional, visando uma maior coerência com os textos originais.
O sucesso mundial da série pode ser medido por sua audiência, que vem
se mantendo alta e até igualando-se à aclamada série de ficção The Walking Dead.
Oprah Winfrey, apresentadora de TV e empresária é uma das
personalidades que elogiou a série e declarou estar bastante empolgada
com a forma como The Bible conta as histórias bíblicas.
Confira no vídeo abaixo, um trailer da série The Bible: Por Tiago Chagas,
A
reunião de hoje, 27 de março, da Comissão de Direitos Humanos e
Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados foi marcada por novos tumultos e
demonstrações de impaciência por parte de seu presidente, o pastor e
deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP).
Enquanto um parlamentar falava sobre a situação dos torcedores
corintianos na Bolívia, um manifestante passou a gritar acusando
Feliciano de racismo.
Nesse momento, o pastor determinou que a segurança
intervisse: “Aquele senhor de barba, chama a segurança. Ele me chamou
de racista. Racismo é crime. Ele vai sair preso daqui”, ordenou.
A segurança da casa levou o rapaz que foi identificado como Marcelo
Régis Pereira para a Delegacia da Polícia Legislativa, enquanto os
demais manifestantes gritavam palavras de ordem: “Não respeita negros,
não respeita homossexuais, não respeita mulheres, não vou te respeitar
não”, diziam.
O próprio manifestante preso, gritava palavras de ordem enquanto era
levado pelos seguranças da Câmara: “Isso é porque sou negro. Eu sou
negro”, dizia, de acordo com o G1.
Nesse momento, Marco Feliciano suspendeu a sessão da CDHM e
transferiu a reunião para outra sala, onde apenas 20 manifestantes
contrários a ele e outros 20 favoráveis tinham acesso à sala, através de
uma senha distribuída pelos seguranças. Clemência para brasileiros condenados na Indonésia
Mais cedo, o deputado Marco Feliciano visitou a Embaixada da
Indonésia para conversar com o representante do governo indonésio sobre a
situação de brasileiros presos no país e que teriam sido condenados à
morte, com a execução da sentença prevista para 2014.
Na saída, questionado sobre a situação da CDHM, Marco Feliciano
voltou a demonstrar irritação e criticou a forma como a imprensa vem
divulgando os fatos: “Não falo mais nada. Vocês [jornalistas] estão
ultrapassando o meu limite de espaço. Eu estou aqui para um assunto
sério e vocês estão de brincadeira”, reclamou o deputado.
Feliciano negou que houvesse crise na Comissão de Direitos Humanos:
“A comissão não está em crise, quem está em crise são vocês. Falando
besteira e falando coisas que não existem. Já fizemos duas sessões e na
primeira votamos a rodada da pauta, a segunda foi impedida por causa do
tempo, hoje tem a terceira sessão. Não sei se será (aberta ou fechada)”,
afirmou, antes de reiterar sua postura de não sair do cargo: “Não vou
renunciar de jeito nenhum. O que os líderes podem fazer com a minha
vida? Eu fui eleito pelo voto popular e pelo voto do colegiado ponto
final, que insistência. Vocês não têm outro assunto pra falar, não?”,
questionou. Por Tiago Chagas,
Ativistas
contrários à permanência do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na
presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias tem causado
tumultos e impedido a realização das sessões da comissão. Dois
manifestantes chegaram a ser detidos pela Polícia Legislativa, por causa
dos protestos.
- O objetivo é obstruir os trabalhos, chamar a atenção, impedir que
ele se sinta confortável nessa posição dele. Nós estamos dizendo
claramente: ‘Você não vai ficar aí, você vai ter que renunciar! –
afirmou ao G1 o estudante de Ciência Política da UnB, Marcelo Caetano,
23 anos.
Como forma de impedir a obstrução por parte dos manifestantes à
audiência sobre a contaminação do solo por chumbo em Santo Amaro da
Purificação (BA), que foi presidida por Feliciano nessa quarta-feira
(27), teve a entrada restrita a parlamentares, aos debatedores e à
imprensa. Em resposta, manifestantes se concentraram perto do corredor
que dá acesso ao gabinete do parlamentar numa tentativa de protestar em
frente à sala, localizada no anexo 4 da Câmara dos Deputados.
Para impedir o tumulto, seguranças tiveram de barrar o acesso dos
manifestantes, e chegaram a entrar em confronto com alguns dos
opositores de Feliciano. E para evitar a invasão do gabinete de
Feliciano funcionários tiveram de trancar a porta e deixar o local.
Por causa do tumulto, dois manifestantes acabaram detidos pela
Polícia Legislativa. Um dos detidos foi o biólogo Marcelo Régis Pereira,
que foi levado pela segurança porque chamou Feliciano de “racista”.
- Estou meramente como cidadão manifestando a minha indignação com
relação à violação dos direitos humanos. Eu não imagino que eu tenha
tido nenhum excesso, apenas me manifestei, pedi que o palestrante se
retirasse da mesa e nos apoiasse na luta contra o racismo – se defendeu
Pereira que, segundo o G1, afirmou que continuará a fazer manifestações
pela saída de Feliciano.
A Polícia Legislativa deteve também o servidor público Allysson
Rodrigues Prata, que tentava invadir o gabinete do deputado quando foi
impedido pelos agentes. Depois de liberado, o jovem declarou ter sido
vítima de abuso por parte dos agentes, e alegou ter sido agredido.
- Um dos seguranças apertou meu braço para que eu soltasse o gravador
que eu estava carregando. Me machucou. Além disso, ele me trouxe para a
delegacia andando pela pista, na rua, de uma forma violenta, como se eu
fosse um bandido – afirmou.
A Polícia Legislativa da Câmara informou que vai investigar se houve
abusos por parte dos agentes de segurança e dos manifestantes.
Feliciano comentou os protestos afirmando que precisa ser
“respeitado” como “todo ser humano”, e explicou que precisou impedir a
presença de manifestantes para viabilizar a realização da audiência
pública sobre contaminação de chumbo, prevista na pauta da comissão.
- Conseguimos vencer uma barreira e mostramos que democracia é isso
e, às vezes é preciso tomar medidas, não medidas austeras, mas à luz do
regimento interno. Um parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser
humano precisa ser respeitado – declarou o deputado, que disse ainda que
as vítimas de chumbo na Bahia já teriam os pleitos atendidos se
tivessem conseguido um grupo para “gritar pelos corredores”, em alusão
aos manifestantes que gritavam nos corredores palavras de ordem contra
ele.
- Talvez se tivessem conseguido um grupo de 20, desses que estão
contaminados, e tivesse um grupo por detrás, gritando pelos corredores
dessa casa, talvez já tivessem sido atendidas. Mas vocês não têm vez e
não tem voz. Para isso existe a comissão de Comissão de Direitos humanos
– ressaltou o deputado. Por Dan Martins,
Num
discurso sobre a posição do Conselho Federal de Medicina (CFM), que
propôs a legalização do aborto até a 12ª semana de gestação, o senador
Magno Malta (PR-ES) fez considerações a respeito do contexto cultural
brasileiro para criticar a possibilidade de aprovação da medida.
O CFM recomendou à comissão especial do Senado, que elabora o Novo
Código Penal, que legalize o aborto na situação mencionada, deixando a
decisão para a gestante e seu médico. Atualmente, o aborto é permitido
por lei apenas em casos de estupro ou de risco à saúde da mãe.
Magno Malta afirmou que se aprovada, a medida legalizaria a prática
de um “assassinato brutal” e poderia resultar no aumento da procura pelo
procedimento após os períodos de carnaval e festas juninas, quando há
uma maior liberdade sexual e ocorrência de gestações indesejadas.
Malta ainda alertou o CFM para as críticas e pressões sociais que
virão caso a postura seja mantida: “Eu quero avisar o Conselho Federal
de Medicina que eles não vão ter tempo bom pela frente. A proposta deles
já nasceu abortada. Nós estamos atentos à preservação da vida”, disse o
senador, de acordo com informações da Agência Senado.
A mobilização política contra as propostas de legalização do aborto
já chegaram à Câmara dos Deputados, onde o presidente da Frente
Parlamentar Evangélica, deputado João Campos (PSDB-GO) criticou a
postura do governo federal.
“Você sabia que o governo da Dilma está ressuscitando o PNDH III?
Você sabia que o Ministério da Saúde está trabalhando um programa para o
aborto? Você, que como eu é evangélico, lembra do compromisso que Dilma
fez no 2º turno acerca do aborto e casamento gay? Nada está sendo
cumprido”, alertou em seu perfil no Twitter o deputado João Campos. O
PNDH III é a sigla para a terceira versão do Plano Nacional de Direitos
Humanos, proposto pelo governo petista durante os dois mandatos do
presidente Luís Inácio Lula da Silva.
O protesto de Campos teve ressonância no Twitter, onde internautas
retransmitiram suas mensagens e também protestaram: “E ainda vai ter
evangélico e pastor votando no PT em 2014, depois dessa perseguição
desenfreada. Nunca irei votar no PT… NUNCA!”, escreveu o usuário Neto Ribeiro.
O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da
Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom João Carlos
Petrini, publicou um artigo em que critica a postura do CFM e da opção
pela solução mais rápida em casos de gravidez indesejada.
“As imediatas reações contrárias a esse posicionamento demonstram a
preocupação dos que defendem a vida humana desde sua concepção até a
morte natural. Merece, por isso, algumas considerações. O drama vivido
pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias
que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à
dolorosa decisão de abortar. No entanto, é um equívoco pensar que o
aborto seja a solução”, escreveu o bispo Petrini.
O religioso lembrou ainda das iniciativas sociais que a Igreja
Católica mantém para ajudar pessoas em dificuldades como exemplo de
alternativa à opção pela “morte” de seres humanos: “Nossa civilização
foi construída apostando não na morte, mas na vitória sobre a morte. Por
isso a Igreja criou hospitais, leprosários, casas para acolher
deficientes físicos e psíquicos. Recorde-se, em época recente, a figura
das Bem-aventuradas Madre Teresa de Calcutá e Irmã Dulce dos pobres, bem
como os milhares de pessoas que, quotidianamente, se dedicam a defender
e promover a vida humana e sua dignidade”, pontuou.
Dom João Carlos Petrini ainda ressaltou a preservação da vida que a
Constituição Federal prega e acentuou o tom crítico de busca por
soluções que demandem menor custo, no que se refere aos Direitos Humanos
“As constituições dos principais países ocidentais apresentam uma
perspectiva claramente favorável à vida. A Constituição Federal do
Brasil, em seu artigo 1º, afirma que a República Federativa do Brasil
tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana. E, no seu
artigo 5º, garante a inviolabilidade do direito à vida. Ajuda a evitar o
aborto a implantação de políticas públicas que criem formas de amparo
às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de
alto risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande
fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução é a melhor tanto
para a criança, que tem sua vida preservada, quanto para a mulher, que
fica realizada quando consegue ter condições para levar a gravidez até o
fim, evitando o drama e o trauma do aborto”, sugeriu, no artigo
publicado no Boletim da CNBB do dia 23 de março.
A proposta da CFM tem sido duramente criticada por adeptos de
movimentos pró-vida. No Twitter, o pastor Silas Malafaia publicou um
vídeo em que cenas de aborto são mostradas, e afirmou crer que pessoas
favoráveis à proposta, mudariam de ideia ao ter acesso ao material
apresentado no documentário de quase 30 minutos.